1 de fevereiro de 2017

13 Encontro Nacional da Liga dos Pesquisadores de Espiritismo


Tema central: Prece e Curas Espirituais
26 e 27 de agosto de 2017
São Paulo-SP

Chamada de trabalhos

O Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (ENLIHPE) é um espaço privilegiado no contexto brasileiro para apresentação e discussão de propostas e trabalhos de investigação científica sobre a temática espírita. O sucesso alcançado nos anos anteriores tem atraído pesquisadores de todo o Brasil, interessados na divulgação e discussão de seus estudos.

Um dos diferenciais do ENLIHPE é o seu formato, o qual incentiva a formação de redes de pesquisa e promove a aproximação de estudiosos de diferentes áreas do conhecimento.

A data final para submissão de trabalhos é 30 de abril de 2017. A confirmação do recebimento e o parecer da Comissão Científica sobre o artigo serão enviados eletronicamente ao email do remetente.

A avaliação será feita utilizando-se o sistema Double Blind Review, no qual o trabalho é avaliado anonimamente por 2 por membros da Comissão Científica do encontro.

Os trabalhos podem ser submetidos em qualquer área do conhecimento, desde que relacionado à temática espírita, em forma de artigo científico, conforme procedimentos definidos a seguir: 

Artigo científico
O artigo deverá ser gravado em 2 arquivos:

  • ARQUIVO 1 – contendo o nome do(s) autor(es), o título do trabalho e o resumo;
  • ARQUIVO 2 – contendo o título e o texto integral do artigo sem qualquer identificação de autoria.

Submissões de trabalhos

a) Acesse a página oficial da LIHPE em www.lihpe.net
b) Clique no link “13º Enlihpe – São Paulo/SP – Chamada para os trabalhos”
c) Clique no link para submissão e preencha os campos necessários.

Formato do Trabalho

Editor de textos: Word for Windows 6.0 ou Posterior
Número máximo de páginas: 15 (quinze)
Configuração das páginas
Margens: superior 3cm; inferior 2 cm; esquerda 3cm; direita 2 cm.
Tamanho do papel: A4 (largura 21 cm; altura 29,7 cm)
Fonte: Times New Roman, tamanho 12
Formato do parágrafo: Recuo especial: primeira linha 1,25 cm
Espaçamento entre linhas: simples.
Figuras, tabelas e gráficos: Fonte Times New Roman, tamanho 8 a 12
Resumo: Mínimo de 1150 caracteres (aproximadamente 10 linhas), máximo de 1750 caracteres (aproximadamente 15 linhas)

Revisão ortográfica a cargo dos autores

Informações adicionais: Acesse www.lihpe.net ou envie uma mensagem para contato@lihpe.net

Local do evento: União das Sociedades Espíritas do Estado de S.Paulo – USE-SP. Rua Dr. Gabriel Piza, 433, S.Paulo/SP

30 de dezembro de 2016

Descrição de um acidente aéreo por um espírito


"Não pense que sofro outra espécie de angústia
 senão essa que me vem de sua ternura torturada 
e de nossa família amorosa e inesquecível. 
Se me lembrarem tranquilo, estarei seguro de mim. 
Se me recordarem conformados, a resignação estará comigo. 
Não julguem que vim para cá fora de tempo. 
Hoje sei que o meu tempo terrestre era curto." 
(R.T. Richetti, "Entre duas vidas", Ed. Boa Nova)
Por coincidência, na semana da ocorrência do desastre aéreo com o time da cidade de Chapecó, tive a oportunidade de ler um texto psicografado por Chico Xavier em fevereiro de 1993 (1) que descreve as circunstâncias de uma acidente aéreo ocorrido em junho de 1992. Nessa carta, o Espírito Celso Maeda descreve seus últimos instantes como encarnados antes do acidente que culminou na queda - por colisão com o mar - da aeronave Beech F 90-1 King Air, que carregava quatro ocupantes.

Os detalhes técnicos do acidente, eu consegui encontrar na internet (2). O avião havia partido do aeroporto de Itumbiara (GO) com destino a Blumenau (SC), mas sua queda se deu no mar, na altura da cidade de Navegantes (SC). A causa do acidente foi reconhecido como as péssimas condições meteorológicas, o que está descrito em detalhes na carta enviada:
Subimos céus acima ou tentamos subir… Não era fácil raciocinar ante o perigo maior que se aproximava. Tentou-se a elevação da máquina, mas o vento prosseguia implacável qual se fosse um conjunto de forças maléficas interessadas em derrubar-nos.
Não temos dúvidas quanto ao desespero e apreensão que toma conta de todos os envolvidos nesses momentos:
Estávamos à mercê dos acontecimentos que o furacão nos impunha. O piloto e o companheiro que o assessorava estavam pálidos, agravando-nos as dúvidas e o desconforto de que nos sentíamos possuídos. Debalde procurávamos alguma nesga de céu azul. Achávamos-nos como que trancados por dentro de uma nuvem que parecia guardar o vento furioso que não encontrava uma saída a fim de expandir-se.
Por dentro éramos a aflição de quem não eximiu-se da morte compulsória e por fora de nós vimos claramente que um enorme banco de areia nos aguardava, asfixiando-nos a todos.
E, finalmente, a descrição do grande despertar:
A água marinha encharcada de areia nos penetrava os pulmões e quando me vi totalmente esmagado nada sabendo de meu irmão e dos companheiros que nos guardavam a viagem, quando no auge do meu desespero íntimo, vi que uma senhora caminhava naturalmente sobre as águas e, ao abraçar-me, solicitou-me concentrar na fé em Deus e me disse: “Meu filho, você está conosco. Sou a sua avó Ai, que venho retira-lo da areia. Seu avô Tsunezaemon retirará seu irmão. Haverá socorro para vocês todos. O pilo e o co-piloto serão resguardados”.
Em acidentes desse tipo, quando um grupo de pessoas acaba retornando mais cedo à vida real, é plenamente natural que os que ficam sintam a fragilidade não só da vida humana, mas de todas as perspectivas e planos que se faz ao se viver.

Se a vida humana (a presente) pode ser considerada frágil - e de fato é porque existem leis materiais que determinam de forma rigorosa seus limites -  a condição de paternidade espiritual indica outra coisa bem diferente. Nossa vida material é frágil porque ela não é a vida verdadeira do Espírito, que não está sujeito a esses limites severos impostos pela condição de materialidade, mas depende de laços facilmente rompidos com as influências do ambiente. O instante da morte, em momento como esse se assemelha a um novo despertar, a partir do qual novos planos e diretrizes serão feitos pela alma imortal. Os que ficam, se não se prepararem, guardarão por muito tempo as impressões da saudade, mas a verdade é que eles apenas partiram alguns instantes antes de nós.

Referências

(1) Ref. "Dádivas Espirituais". F. C. Xavier, Espíritos diversos. Ed. IDE.