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23 de março de 2017

Bhagavad Gita: alguns paralelos espíritas.

Para a proteção dos virtuosos, extirpação dos maus 
e estabelecimento da justiça em bases firmes, 
manifesto-me de tempos em tempos. (Bhagvad Gita, Cap. 4, 8)
Os espíritas que já tiveram algum contato com o texto do "Bhagvad Gita" (ou "A Canção do Senhor", 1) podem se surpreender com algumas referências ou interpretações que guardam paralelos com alguns ensinamentos do Espiritismo. De fato, essas semelhanças não são casuais e não se restringem à reencarnação. Nosso objetivo aqui é comentar algumas das passagens do Bhagavad Gita à luz do conhecimento espírita. Esses comentários sugerem que não são recentes os esforços de esclarecimento a respeito da realidade maior do Espírito. De tempos em tempos, uma "revelação", adaptada a cultura e modo de pensar de um povo, surge e se dissemina. Modificada por interpretações várias, ela torna a ressurgir, um pouco depois, para reafirmar a mesma coisa. 

Considerado um texto religioso, o Bhagavad Gita faz parte de outra obra muito mais antiga, o Mahabarata, que contém a doutrina dos Vedas. Sua idade é de aproximadamente 2500 anos (foi escrito por volta do Sec. IV a. C) e narra um diálogo entre o príncipe Arjuna e o Senhor Krishna, que se apresenta como uma personificação da divindade. Embora o início do texto apresente uma cena de uma batalha, ao longo da narrativa fica claro que o "chamamento" para a guerra que Krishna faz a Arjuna é, de fato, uma experiência de esclarecimento espiritual, de uma luta contra os verdadeiros inimigos do homem que são internos. Essa luta deve ocorrer até que se verifique a libertação completa (moksha) do espírito do ciclo de reencarnações.

No que segue abaixo, os textos espíritas estão em azul e do Gita em verde.

Alguns versos notórios

Sobre o politeísmo

Alguns poderiam argumentar que o texto em análise se insere dentro de uma tradição nitidamente politeísta, o que dificultaria sua "interpretação" à luz de qualquer outra doutrina ou crença moderna que sustente a existência de um único Deus. De fato, o "Bhagavad Gita" fala em vários deuses, mas, Khrisna apresenta-se como a essência suprema que está acima de todos eles:
O Criador de todos os seres, o Comandante das criaturas, Deus dos deuses, o Senhor do Universo, Oh Supremo Purusa, mas apenas Vós sabeis quem sois. (Cap. 10, 15)
Arjuna disse: Oh Senhor, contemplo em vosso corpo todos os deuses, todas as diversas espécies de entidades viventes, todos os divinos sábios e serpentes, Shiva e Brahma sentados sobre a flor de Lótus. (Cap. 11, 15) 
Além disso, falanges de deuses entram em Vós, alguns com mãos unidas em temor relacionam vossos nomes e glórias. Multidões de Maharishis e Sidhas dizem "Que haja paz", exaltam a Vós por excelsos hinos. (Cap. 11, 21)
Isso demonstra que a ideia de um Deus único, que se apresenta inicialmente como "sustentando a todos e como causa final de tudo que existe", se contrapões a noção dos deuses, que seriam entidades inferiores a ele e por ele criadas.  Temos aqui o início de uma crença monoteísta implícita no "Bhagavad Gita".

Sobre a existência da alma, sua origem e reencarnação

Mesmo uma leitura breve das palavras atribuídas a Krishna mostra que, há 2500 atrás, já se sabia de muitos princípios e realidades da vida espiritual que permanecem absolutamente desconhecidos do homem moderno. Tomamos o texto como ele pode ser lido em algumas traduções consideradas autoritativas (1).
De fato nunca houve um tempo em que eu não fui, ou quando tu e esses príncipes não foram. Nem é verdade que, depois desta vida, iremos todos deixar de ser. Assim como infância, juventude e velhice são atributos dados à alma através de seu corpo, ainda assim, ela adquire um novo corpo. O sábio não se confunde sobre isso." (Cap. 2, 12-13)
Ambos são ignorantes, aquele que considera a alma como capaz de matar e o que acha que ela pode morrer, pois, em verdade, a alma nem mata nem está sujeita à morte. (Cap 2, 19)
Está claro que Khrisna estabelece aqui a existência da alma como independente do corpo e sobrevivente a ele. Portanto, a morte, como fim absoluto do ser não existe.  Entretanto, isso só pode acontecer se a alma (que entendemos como sendo o princípio inteligente) for independente da matéria. Mas qual é a origem do espírito? Para o "Livro dos Espíritos", a origem da alma é um mistério, quer dizer, sua origem ainda deve ser estabelecida, mas não se confunde com Deus pelo princípio (2):
78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade? 
Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação sua e se acham submetidos à sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo pelo qual nos criou e em que momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério.
Seguindo a tradição do monismo oriental, para o Bhagavad Gita, ela é incriada
A alma nunca nasceu, nem nunca morrerá; nem se torna nascida. Pois a alma é não nascida, eterna, permanente e primeva; ainda que o corpo pereça, ela não perecerá. (Cap 2, 20)
Armas não podem cortar nem queimar a alma, a água não pode molhá-la nem pode ser seca. Essa alma não pode ser cortada, queimada pelo fogo, nem dissolvida pela água ou seca pelo ar também; ela é eterna, a tudo permeia, é imóvel, constante e perene. A alma é imanifesta, incompreensível e sobre ela se diz ser imutável. Portanto, sabendo que é assim, não te aflijas. (Cap. 2, 23-25) 
Parte da revelação de Khrisna é estabelecer um processo que levaria a alma a se reintegrar à Divindade. Para tanto, a alma deve ter algo em comum com essa última. A questão da identificação da natureza do ser com a Divindade tem, porém, um grande problema: como pode Deus permanecer não afetado pelas (más) ações daqueles que participam de sua natureza? Trata-se de um problema de natureza teológica (a origem do mal) de difícil solução pelo monismo e que não aparece no Espiritismo.  De qualquer forma, é assim que o "Bhagvad Gita" descreve a relação de Deus com as ações humanas:
O Deus Onipresente não participa da virtude ou pecado de ninguém. O conhecimento está envolto pela ignorância, assim, esses seres constantemente tornam-se presas da ilusão. (Cap. 5, 15)
O princípio das vidas sucessivas está anunciado em vários versos e é quase que uma consequência da independência da alma da matéria: 
Assim como um homem se livra de vestes estragadas para vestir outras novas, assim também a alma corporificada livra-se de corpos velhos para entrar em outros novos. (Cap. 2-22)
Pois, assim como a morte é certa para o nascido, o renascimento é inevitável para o que morre. Não deves pois te afligires pelo inevitável. Arjuna, antes do nascimento, os seres não se manifestam aos sentidos humanos; na morte, eles retornam ao imanifesto novamente. Eles se manifestam apenas no intervalo entre um nascimento e a morte. Por que, então, te lamentares? (Cap. 2, 27-28) 
Poderíamos até traduzir "alma corporificada" por "espírito encarnado" no primeiro verso acima. Como se fala em "sentidos humanos", existe aberta a possibilidade de manifestação da alma após a morte? Certamente que fora desses sentidos, através dos "videntes" (Rishis), que são considerados os verdadeiros autores dos Vedas.

O que acontecem com os que morrem e não atingem a libertação?

Este é o estado da imensa maioria dos homens:
Dificilmente dentre milhares de homens apenas um consegue me perceber, e desses yoguis que conseguem, de novo, raramente um dentre eles devota-se exclusivamente a mim e me conhece em realidade. (Cap.7, 3)
Portanto, Arjuna questiona Khrisna sobre o que acontece aos que não atingem plenamente a libertação do ciclo de nascimentos, mas que mantem certa ligação com o Divino:
Aqueles que realizam ações por algum motivo de interesse como estabelecido nesses três Vedas e bebem do néctar da planta Soma, tendo assim se purificado do pecado adorando a mim com sacrifícios, buscam acesso ao céu; atingem a Mansão de Indra como resultado de suas ações virtuosas, e aproveitam das beneficências celestiais dos deuses no céu. (Cap. 9, 20) 
Tendo aproveitado algo nos mundos celestes extensos, eles retornam a esse mundo de mortais as custas de seus méritos anteriores exauridos. Assim, devotados ao ritual com motivos de interesse, recomendados pelos três Vedas como meio de atingir a felicidade dos céus, e buscando prazeres mundanos, eles repetidamente vem e vão (ascendem ao céu em virtude de seus méritos e retornam à Terra quando seus frutos foram gozados). (Cap. 9, 21)
A "Mansão de Indra" representaria o mundo espiritual, e a ideia de que os reinos celestiais são povoados de deuses está mais de acordo com a ideia de um espaço espiritual repleto de espíritos. Aqui nos deparamos com um problema que é o de justificar a existência do ser sem o corpo (que novo corpo é esse que sustentaria a vida celeste?). A morte não representa assim a fusão com o Onipresente, mas dá origem a uma existência paralela no mundo dos mortos. Diferentemente da ideia espírita moderna de progressão contínua por meio de reencarnações, a crença do "Bhagvad Gita" vê o ciclo de reencarnações como uma enfadonha repetição ou punição daqueles que não completamente se devotaram a Deus:
Aqueles que se dedicam aos deuses, vão ter com os deuses; aqueles que se aproximam dos manes, alcançam os manes; aqueles que adoram espíritos, vão ter com os espíritos e aquele que adora a mim, vem a mim apenas. Essa é a razão porque meu devoto não mais estará sujeito ao ciclo de nascimentos e mortes. (Cap. 9, 25)  
Esse processo está descrito para aqueles que cumprem os atos de devoção. Não há espaço aqui para discutir o que aconteceria as que não se enquadram a essa descrição do Cap. 9. De qualquer forma, no Espiritismo a alma não pode involuir e a ideia da reencarnação implica em progresso contínuo, muito embora o espírito possa estacionar.

Conhecimento, ação. Sacrifício para a Salvação.

Entretanto, esse processo de libertação não é fácil. Assim, considerável parte do texto é gasto estabelecendo o princípio da Yoga (que se apresenta como um caminho ou processo de "purificação" pelos discípulos, que são os yoguis) que levaria à libertação da alma e sua reintegração com Deus.

Pode-se talvez dizer que a ideia da salvação - que adquiriu interpretação rígida em algumas doutrinas cristãs mais tardias - tem um paralelo na busca pelos orientais antigos pela libertação do ciclo de reencarnações. Uma vez estabelecida a realidade das vidas sucessivas, não seria essa libertação a nova busca do homem verdadeiramente esclarecido de sua vida espiritual?

Em certos trechos, Khrisna estabelece uma dicotomia entre o conhecimento e a ação, que guarda também outro paralelo na controvérsia cristã entre a "fé" (conhecimento) e as "obras" (a ação):
O Homem não adquire liberdade de agir (culminação da disciplina da ação) deixando de se engajar na ação; nem atinge ele a perfeição (culminação da disciplina do conhecimento) meramente por deixar de agir. Certamente, ninguém pode permanecer inativo mesmo por alguns instantes; pois, todos são levados agir pelos modos de Prakrti (qualidades adquiridas pelo nascimento). (Cap. 3, 4)
O homem só se torna limitado por suas ações quando ele não age com sacrifício. Portanto, Arjuna, vá e cumpra eficientemente o teu dever designado, livre de apego, por sacrifício apenas. (Cap. 3, 9)  
Arjuna, o ignorante age com apego, o sábio deve, para manter a ordem no mundo, agir de outra forma, sem apego. Um sábio estabelecido em si mesmo não deve desviar a mente do ignorante concentrado em agir, mas deve levá-lo a cumprir todas os seus deveres, realizando devidamente o seu próprio dever. (Cap. 3, 24-25)
Arjuna, quando atingires a iluminação, a ignorância não mais poderá te iludir. Na luz do conhecimento, tu verás a criação primeiramente em ti mesmo, e então em mim. (Cap. 4, 35)
O que estabelece o princípio do ensino pelo exemplo, pela ação e não por meras palavras. A evolução do espírito requer sua atividade no mundo, pelo que simples fé ou conhecimento não bastam (ver o Cap. 25 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo, em "Fora da verdade não há salvação"). O agir "sem interesse no mundo", encontra certo eco, por exemplo, na mensagem "O Homem no Mundo" (3):
Não penseis, porém, que aos vos exortar incessantemente à prece e à evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística, que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar.
O que consistiria o ato de sacrifício moderno para aquele que sabe dessas verdades?
A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite. Basta referir todos os vossos atos ao Criador, que vos deu a vida. Basta, ao começar ou acabar uma tarefa, que eleveis o pensamento ao Criador, pedindo-lhe, num impulso da alma, a sua proteção para executá-la ou a sua benção para a obra acabada. Ao fazer qualquer coisa, voltai vosso pensamento à fonte suprema; nada façais sem que a lembrança de Deus venta purificar e santificar os vossos atos. (3)
e, segundo o Bhagavad Gita:
Arjuna, o que quer que fizeres, comeres ou concederes como oblação ao fogo sagrado, o que quer que ofertares como presente, ou meio de penitência, oferece-os todos a mim. (Cap. 9, 27)
Aquele que age oferecendo todos ações a Deus e libertando-se do apego, permanece intocado pelo pecado, tal como a folha de Lótus pela água. (Cap. 5, 10)
entendendo "Brahma" aqui por Deus, o Criador de todas as coisas. Entre conhecimento e ação, qual dos dois caminhos (Yoga) seria superior para se atingir a libertação?
A Yoga do conhecimento (Sankhyayoga) e a Yoga da ação (Karmayoga) ambas levam a suprema felicidade. Das duas, entretanto, a Yoga da ação, sendo mais fácil, é superior à Yoga do conhecimento. (Cap. 5, 2)
Para comparação, interpretando o adiantamento moral do espírito como resultado de suas obras, lembramos deste texto de Emmanuel (grifos nossos)
O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas. (4)
Outros versos

Já na época do Bhagavad Gita existiam os que comercializavam a religião. Portanto, não deixou Khrisna de condenar suas práticas:
Arjuna, aqueles que estão cheios de desejos mundanos e se voltam para os textos dos Vedas, que olham para o céu como seu supremo objetivo e argumentam que nada há além do céu, esses não são sábios. Proferem palavras cheias de ornamentos e recomendam rituais de vários tipos para conseguirem prazer e poder no renascimento com seus frutos. Aqueles cujas mentes são levadas por tais palavras e que estão profundamente agarrados a prazeres e poderes mundanos, não podem atingir intelecto concentrado em Deus. (Cap. 2, 42-44)
Certos dogmas cristãos, que preveem a remissão automática dos pecados parecem ter sido influenciados de alguma forma pela ideia da aceitação, fusão, união com a Divindade:
Aquele que me conhece em realidade como sem nascimento e sem começo, como o supremo Senhor do Universo, ele, sem ilusão entre os homens, é expurgado de todos os pecados. (Cap 10, 3) 
Direcionando todos seus deveres a mim, o todo poderoso e benemerente Senhor, busque refúgio em mim somente, e eu absorverei todos os seus pecados, não te aflijas. (Cap 18, 66) 
Mesmo o pior dos pecadores que se decidiu por me adorar com devoção exclusiva, ele será considerado um santo, pois ele escolheu corretamente. (Cap. 9, 30)
Entretanto, pode-se considerar tais versos de forma alegórica e não absoluta, já que o processo de moksha é considerado bastante difícil.

Conclusões


Creio não ser possível estabelecer uma correlação exata entre o conhecimento espírita moderno e doutrinas orientalistas que consideram abertamente a questão da reencarnação. Os textos antigos (o que inclui obviamente o Novo e o Velho Testamentos), por mais mas se esforce na interpretação, tornaram-se herméticos porque as pessoas e personagens que os escreveram não estão mais aqui para justificar e esclarecer o contexto e a intenção de certas passagens. Recebemos apenas ecos desse passado, que acabam sendo interpretados conforme o conhecimento histórico presente ou gostos e tendências pessoais ou de doutrinas com intenções diferentes, embora bastante nobres. 

Com algum esforço interpretativo podemos ver que a ideia da fusão com o Divino, de que parte do natureza do espírito deve fazer parte de Deus (desde o princípio), parece integrar a crença do Bhagavad Gita, e se distingue do dualismo característico no Espiritismo. Entretanto, acreditamos que essas questões são menores frente a beleza e eloquência desse texto antigo. Acreditamos também que os chamados "deuses" de que fala esse texto refere-se a consciência da existência dos espíritos como forças da Natureza. 

Tal como no efeito pedagógico obtido no "Livro dos Espíritos" por meio de perguntas e respostas, o discurso entre Arjuna e Khrisna se dá como uma série de questões feitas pelo primeiro, que são respondidas pelo segundo. Temos aqui em tempos remotos, o homem a indagar o poder superior sobre sua natureza, destino e meio de libertação, que não deixa de ser outro ponto de comparação.

Referências

(1) "The Bhagavadgita or the Song Divine - With Sanskrit text and English translation". Gita Press, Gorakhpur. As citações são todas traduções do texto em inglês. Outra versão que apresenta os versos em audio é http://www.bhagavad-gita.org/. Uma versão em português é "A Canção do Venerável" por  Carlos Alberto Fonseca, Ed. Globo (2009). ISBN: 978-85-250-4676-5
(2) "O Livro dos Espíritos". Versão do IPEAK: www.ipeak.com.br
(3) "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Cap. 17, "Sede perfeitos": "O Homem no Mundo".
(4) F. C. Xavier (2009). "O Consolador", questão 204. Ed. FEB.